Pedra da Mina dia 12 e 13 de Dezembro 2010

O ponto mais alto do Estado de São Paulo a quarta montanha mais alta do Brasil com 2.798 m.

Com um desnível de quase 1400 metros, em minha opinião a montanha mais cansativa que conheço no Brasil. (via Paiolinho).

Estávamos em três, Wanderlan, Mauro Bento e eu. No princípio da trilha a mais ou menos 45 minutos de caminhada, cruzamos o Rio Verde, muito bonito e com águas cristalinas, no decorrer da trilha cruzamos mais dois riachos que são possíveis pontos de água limpa, a umas 2 horas e meia do cume é possível conseguir água que mina da rocha no caminho.
 
Achei a trilha extremamente chata, com vegetação muito fechada e um caminho que parece não ter fim, varias vezes pensei em desistir.
Sempre parecia que estávamos chegando, e cada cume alcançado, pensávamos que seria o ultimo antes do Cume da Pedra da Mina, mas estávamos sempre enganados, e havia mais um e depois mais outro, isso abalo meu ânimo.





Levamos exatamente 10 horas para subir, em um ritmo bem lento e 8 horas para descer no dia seguinte.


Não havia ninguém na montanha, e por ser dezembro a dois finais de semana do natal, é bem provável que tenhamos sido os últimos a subir-la neste ano.

Bem, como sempre, a chegada ao cume recarrega as energias, e ter passado a noite a quase 2800m na maior montanha de estado onde nasci, foi muito gratificante para mim.

Assinando o livro de cume
Agradeço aos meus amigos que estavam presentes, pois é sempre muito bom estar junto deles, e fazendo o que se gosta.


Amanhecer no cume dia 13/12/10

Vista do cume
                                                    


Montando acampamento

Huayna Potosi e outras montanhas da Cordilheira Real - Bolívia 2011


Galera da montanha e novos interessados, ano que vem estamos fechando grupos para escalar as principais montanhas da Cordilheira Real na Bolívia.
Escolha sua montanha e realize seu sonho, nem que for para saber como é a vivência em montanha, como é estar em altitude.
Se conheça melhor, descubra seus limites.
Em 2011 estamos guiando grupos para as montanhas:
Illimani 6.462 m
Mururata 5.864 m
Charquini 5.400 m
Huayna Potosi 6.088 m
Cabeza del Condor 5.700 m
Pequeño Alpamayo 5.370 m
Chachacomani 6.100 m
Chearoco 6.150 m
Jankohuma 6.427 m
Illampu 6.328 m

Leonardo Juliano Mangano
Informações, saídas, valores etc... Entrem em contato pelo e-mail: leonardomangano1974@gmail.com  cel. 55 - 11 - 930209370

Segurança e Risco - Entenda as avalanches e veja como se previnir

As avalanches são deslocamentos de massas de neve, gelo e/ou rocha que entram em desequilíbrio e se precipitam das encostas das montanhas.


Temos três tipos distintos de avalanches, tendo em conta o tipo de neve:

' De neve recente

' De neve úmida

' De placa

' De Rocha


Neve após neve, os flocos que se acumulam nas vertentes, condicionados por diversos fatores ambientais (temperatura, umidade, vento, etc.) consolidam-se em camadas de diferentes tipos de neve. Como a neve nas pendentes tende a descer por efeito da gravidade, quando entra em desequilibro, acontece que as diferenças de densidade entre as camadas fazem com que umas sirvam de superfície de deslizamento das outras.

As avalanches de neve recente dão-se logo após grandes nevascas, com temperaturas frias (- 5Cº) em que a grande acumulação de neve nas vertentes mais inclinadas das encostas não se segura e desliza montanha abaixo, com grande poder destrutivo. Do total de avalanches existentes, estas constituem cerca de 80 %, resultando destas cerca de 12,5% do total das fatalidades provocadas por avalanches.

As avalanches de neve úmida dão-se devido a altas temperaturas e chuvas que provocam a desagregação das camadas superiores das inferiores. São normalmente constituídos por blocos redondos, sendo avalanches típicas de vertentes e primavera. Do total de avalanches existentes estas constituem cerca de 10%, resultando destas cerca de 14,5% das fatalidades. Por isso muitos alpinistas preferem fazer a ascensão de madrugada, pra evitar os riscos de avalanches por aquecimento.

As avalanches de placa dão-se normalmente em vertentes abertas ou convexas e ocorrem quando há perda de coesão interna entre placas (em equilíbrio instável) devido a sobrecargas exercidas sobre elas, dando-se normalmente durante a passagem de esquiadores ou montanhistas. São as avalanches que provocam mais acidentes. Do total de avalanches existentes estas constituem cerca de 10%, resultando destas cerca de 73% das fatalidades.

Outros tipos de avalanches são as originadas pelas rupturas de cornijas ou queda de seracs, como exemplo a morte de 8 andinistas que escalavam o Alpamayo ( Cordilheira Blanca - Peru) em 2003 e que foram esmagados por um serac, que há vários anos estava em vias de cair.

A maior tragédia na história do montanhismo se deve à este tipo de avalanche. Em julho de 1990, alguns blocos de gelo se desprenderam e atingiram o acampamento 2 do Pico Lenin de 7150 metros de altitude, no Quirguistão. 43 pessoas morreram no incidente e somente 3 corpos foram recuperados. Acredita-se que um terremoto iniciou a avalanche.

Mais perigosas ainda, são as avalanches de rocha. Ultimamente, estamos ficando cada vez mais familiarizados com avalanches de rocha. Com o aquecimento global, o permafrost em muitas montanhas está derretendo e estas avalanches se tornam cada vez mais comuns. Neste tipo de avalanches, centenas de toneladas de rochas se desprendem de uma massa maior e desabam.

As causas são geralmente associadas com variações bruscas de temperatura. Um dia quente com muito derretimento, seguindo de temperaturas congelantes à noite, faz com que água se deposite em rachaduras rochosas e congele mais tarde. A formação de gelo nas rachaduras faz com que rochas se separem, o que pode mais tarde, causar uma avalanche rochosa. Assim como qualquer outra avalanche, movimentos sísmicos contribuem muito para iniciar estas.

Na montanha, ao chegarmos a uma pendente suspeita devemos analisar os seguintes elementos: Avaliar a inclinação da pendente (a partir dos 20º suspeitar), exposição ao vento, orientação (exposta ao sol/sombra), tipo de vertente (com/sem ancoragens naturais, convexa, bosque, ravina, goulote, corredor, natureza do solo subjacente). Esta analise serve-nos para avaliar a possibilidade de ocorrência de avalanches nesse local.

Segundo um estudo realizado na suíça por Brugger e Falke (1992), a partir de 332 casos de pessoas totalmente soterradas em avalanches entre 1981 e 1989, concluiu-se que existem 93 % de hipótese de sobreviver durante os primeiros 15 minutos após a avalanche. Entre os 15 e os 45 minutos, decorre uma fase de asfixia, decrescendo as hipóteses de ser encontrado com vida dramaticamente de 93% para 26%. Após os 90 minutos ocorreram casos de morte por hipotermia, sendo as probabilidades de ser encontrado com vida muito escassa.

Assim, devemos estar bem treinados e equipados para socorrer rapidamente um companheiro nosso em apuros numa avalanche. Porque as melhores hipóteses de salvá-lo são as imediatamente seguintes à avalanche e não uma hora depois com a chegada da equipe de socorro e isso se houver.

Após grandes nevascas ou com índices marcados, fortes ou muito fortes devemos utilizar as ARVAS (aparelhos de resgate de vitimas de avalanches). Estas se tratam de aparelhos emissor / receptores que funcionam numa freqüência universal. Utiliza-se na posição de emissor e, quando acontece uma avalanche, muda-se o aparelho para recepção de forma a poder-se localizar o companheiro enterrado na neve.

Bom lembrar que, passada a primeira hora, as possibilidades de sobreviver soterrado na neve diminuem drasticamente. O tempo que se poupa utilizando o equipamento adequado faz muitas vezes a diferença entre a vida e a morte.

Porém, existe algumas dicas mais fáceis de serem seguidas para se minimizar a possibilidade de estar bem no meio de uma avalanche:

- Avalanches causadas por quebra de cornisas ou queda de seracs

Fique longe de cornisas, contorne elas sempre que possível. Nunca espere chegar a um cume escalando por uma cornisa. Ao chegar numa, a sustentação é geralmente tão precária, que você vai entender o porquê da minha advertência.

Também evite qualquer foz glaciária. Se você tiver que enfrentar uma, tente ficar no meio, longe das laterais. Evite grandes seracs e blocos com inclinação negativa. Planeje a sua rota com antecedência. Não gaste muito tempo escalando debaixo de glaciares suspensos.

- Avalanches de neve

Assim como você sempre procura saber a previsão do tempo antes de escalar, procure também saber sobre o risco de avalanches. Use o 'semancol' e fique longe de encostas que tenham cornisas no topo ou vales com muita neve recente.

Nunca é demais carregar uma pá de plástico na sua mochila, se a montanha que você escolheu tem histórico de avalanches de neve. Além de cavar plataformas com mais facilidade e procurar os seus amigos no caso deles terem encontrado uma avalanche, você pode usar uma pá para analisar as camadas de neve: Cave uma trincheira retangular, deixando um bloco de neve no meio. Procure por camadas mais fracas, gelo ou granizo. Empurre o bloco inteiro. Dependendo da facilidade com que você conseguiu movê-lo, pode concluir se a área vai deslizar ou não.

- Avalanches de rocha

Prefira escalar longe do centro de canaletas. Escale elas transversalmente, ziguezagueando e colocando proteções nas laterais. Jamais monte ancoragens e paradas no meio de uma. Em regiões com muito deslizamento de rocha, prefira fazer as suas atividades nas horas mais frias, como madrugada. Não há dúvidas que você irá morrer se for pego em cheio por uma avalanche rochosa de grande porte. As de pequeno porte, porém, podem ser esquivadas.

Preste atenção no material novo depositado na base de canaletas. Estes apontam as direções que devemos tomar cuidado. Sempre leve um capacete!

- Se estiver no meio de uma avalanche

Uma vez que uma avalanche começou e se estiver no caminho dela, você terá apenas alguns segundos para decidir como é que você será pego, talvez você ainda tenha tempo de fazer últimos pedidos e coisas do gênero. Muitos recomendam que você crave as suas piquetas e fique deitado, com o peito no chão, esperando pela avalanche. Sinceramente, a única recomendação eficaz é que você saia voando, se você consegue fazê-lo.

Conclusão

Esta introdução tem como principal objetivo levar os leitores há refletir um pouco, passar alguma informação útil e alertar para os perigos dos esportes de montanha. Lembrar que a maioria dos acidentes ocorrem não por falhas técnicas ou descuidos, mas por más decisões e escolhas erradas que levam ao acidentes.

Fontes: Desnível e GentedeMontanha.com

Por: Leonardo Juliano Mangano, Pedro Hauck, Maximo Kausch e Hilton Benke

Em busca de novas possibilidades de vias

Busca de novas vias de escalada próximo a Mairiporã.


Luiz Machado, Mario Sergio e Eu, subindo e descendo trilhas, embrenhando-se mato a dentro, rapelando em paredes cheia de musgo em busca de uma linha que de para escalar.
Cansados de escalar nos mesmos lugares de sempre ou ter que ir para muito longe de casa, nos faz buscar alternativas mais próximas.
O Pior de tudo é rodar e rodar e depois de horas ver que não tem nada "escalável".

Ai, o negocio é entrar em velhas vias de novo.

Marins 2010

Desenferrujando as juntas com os amigos.
De muitos projetos para 2010, este foi um dos poucos a serem concluidos.

É uma pena, este ano já se foi, mais 300 e poucos dias nas costas, de temporada em temporada, estamos ficandos mais lentos e pesados, para não falar velhos, mas a cabeça continua subindo montanhas do mundo todo.



O velho DIB e SEUS problemas.

Ainda a velha opção para quem esta sem tempo e dinheiro, a Pedreira do DIB. É o lugar mais proximo para se escalar aqui em SP.

Os mesmos problemas de anos e anos, pedras soltas, rapeleiros chatos, gente jogando pedra lá de cima e muita sujeira lá em baixo.


Mesmo assim depois de sempre falar "não volto mais aqui" aqui estou outra vez, mas sempre com a esperança de estar melhor.