Volta a Chochis, dia de testar a aconcoragem química









Voltei a Chochis com a furadeira do Luiz Machado e as ancoragens químicas para arenito.
O tempo estava ótimo, calor sem vento e muita ansiedade de ver como ficaria a ancoragem com estas ampolas.


Escalei sem nenhuma proteção, claro pois nao tinha, cheguei a mais ou menos 12 metros da base e achei um lugar perfeito para fazer o teste e já aproveitar para fazer uma parada.
Estava com a furadeira com 2 baterias, começei a abrir o primeiro furo e antes do fim a primeira batería acabou, entao troquei a para a segunda e começei o segundo furo, antes de terminar o furo a segunda batería também foi pro saco. Por sorte tinha levado o batedor e terminei os dois furos na mao.



A batería tinha sido corregada no Brasil um mes antes, por isso estava fraca, e como ela é 110 e na Bolivia tudo e 220, nao pude revarregala.



Mandei para dentro as ampolas, bati o parafuso com chapa e tudo para dentro,  25 minutos depois estava belezura! Mais firme que eu.



Desci feliz da vida, primeiro pela parada ter ficado potencia e segundo por que tinha começado a chover forte bem na hora que eu tinha terminado de desescalar.


Entramos no carro e voltamos para Roboré, passamos pelo colegio Marista, onde estavamos hospedados pegamos nossas tralhas e pé na estrada, Eu, Binho e Juan.
A estrada a pesar de ser estreita esta otima bem sinalizada etc…, mas a quantidade de animais mortos é terrivel. Paramos para puxar um cavalo que tinha sido atropelado e estava bem no meio da estrada, e alem de ser super triste, ninguem para para retirarlos.
Alguns quilómetros a frente pegamos chuva e no meio da estrada tranquilamente cruzava uma linda Jiboia de uns 4 kg como se estivesse cruzando um jardín.



Paramos o transito, pois quase que ela foi atropelada por um caminhao, todos aproveitaram para tirar foto e é claro eu também, fiquei super feliz pois foi a maior cobra que ja peguei na vida e selvagem.
Coloquei-a do lado da estrada que ela quería ir e seguimos viagem até Santa Cruz.

Passando pelas Chiquitanias, Oriente Boliviano

Estando uma vez na cidade de Santa Cruz, tomei o trem ¨da morte¨ rumo ao Leste até o pequeno povoado de Chochis.
Sai às 18:00 hs de Santa Cruz e em  6 horas e meia de viagem cheguei, emplena madrugada chiquitana, desci na ferroviaria eu e poucas pessoas locais que em um piscar sumiram na escuridao, nao tive a oportunidade de perguntar nada.
Segui para o centro da cidade em menos de 5 minutos de caminhada, estava  vazia, como uma cidade fantasma, um vento fortissimo e um ceu limpo.
Resumindo nao havia lugar nenhum aberto, voltei para ferroviaria e me sentei ao banco enfrete aos trilho e ai passei a noite na conpanhia de milhoes de insetos e alguns cachorros.







A madrugada se arrastava a dentro junto com o vento que nao cessava um minuto.
Logo ao amanhecer, sai da mina cama de pau me espreguisei , escovei os dentes e segui camino pelos trilhos do velho trem, assim como disse Almir Sater.
Uns 40 minutos de caminhada, cruzando uma ponte e tomando uma trilha a direita em pouco tempo estava as portas do Santuário Mariano de Chochi, com o lindo morro testemunho ao fundo chamado de A Torre ou Muela del Diablo ¨Molar do Diabo¨.








Este monolito de pedra vermelha é a rasao pela qual eu estaba lá.
Este ano completa 10 anos  que o vi pela primeira vez, e foi amor a primeira vista, e um dia sabia que ia escalar-lo ou pelo menos tentar abrir uma via de ascesso ao cume, pois até este momento ninguem chegou em seu cume.
Tomei uma pequena trilha que leva a base da Torre, onde pude pela primeira vez ver realmente sua imponencia, pois até entao só o havia visto desde a linha do trem.
Percorri toda trilha ao redor da Torre já com segundas intensoes; intensoes esta era encontrar uma possivel via de ascesso ao cume, este monolito tem 4 lados, sendo 3 deles verticais e fissurados e o quarto lado os seus primeiros 15 metros sao pouco positivo, mas onde se poderia ascender com as devidas precausoes, pois a rocha é um arenito meio parecido com o Cuscuzeiro, mas pelo menos na base, este arenito é pouquissimo estavel.
Tirei varias fotos de todas as faces, fiz alguns videos, peguei no chao um pequeno bloco de pedra que com certeza tinha caído da torre, coloquei na mochila, para futuros teste e tomei meu caminho. Segui caminando até a nova estrada asfaltada que se chama Trans Oceanica, estrada essa que liga o Atlantico ao Pacifico, trecho que liga a cidade de Corumba MTS no Brasil a Santa Cruz de la Sierra na Bolivia.





Na volta peguei uma carona na beira da Trans Oceanica, sentido San Jose de Chiquitos, o senho do caminhaozinho vendia cerveja e refrigerante e me disse, se nao haveria problema em passarmos por uns lugares para vender, claro que disse que nao havia problema algum,  e me subi atrás do caminhaozinho aberto.







E estrada a dentro fomos ao povoado de Tapera, um povoado bem pequeno e simples, na praça principal passeavam alguns porcos, galinhas e burros, dai seguimos rumo a San Jose, um povoado maior, mas também Chiquitano, com sua igreja barroca na praça principal como todas.
De San jose tomei um Trufi ¨tipo uma lotaçao¨  e segui de volta a Santa Cruz.











Passado 2 semanas ……….
 Voltei, agora em carro e nao só, saimos de Santa Cruz, passamos por Cotoca, e pegamos a Trans Oceanica outra
vez e assim chegamos en San Jose de Chiquitos, Chochis e por fim a Robore.  Desta cidade chiquitana onde comemos compramos agua e viveres, seguimos para  Aguas Calientes.










Chegamos juntamente com uma torrencial chuva de verao, que na verdade caiu por horas e noite a dentro. Acampamos das margens do rio onde existem olhos d´agua quentes, mas infelizmente o clima nao estava a nosso favor, alguns días atrás desceu um turbilhao de agua pelo rio trasendo com ele uma agua já nao cristalina,mas barrenta com o Rio Paraguay.
No dia seguinte levantamos acampamento e seguimos para Santiago de Chiquitos, no Valle de Tucavaca.









Subimos uma pequena serranía,  cheia de mosquitos, mas muito bonita até que chegamos onde se para o carro, enfrente a placa onde dizia: ¨SENDERO ECOTURISTICO ¨EL MIRADOR¨ LA ANTESALA DEL CIELO¨.

Pegamos as mochilas e todas as tralhas e começamos a subir, passamos por lindas formaçoes rochosas que dariam lindas vías de escalada.
 Caminhamos cerca de uns 50 minutos subindo até o local onde acampamos, armamos as barracas e preparamos a comida, pois ja era tarde e começava a escurecer.

No outro dia pela manha saimos para fazer uma caminhada pelo ¨Cañon¨ um lugar incrivel, percorremos uma grande parte da chapada, até chegar num ponto sem saida e decidimos voltar.









Por volta do meio-dia pegamos o caminho de volta até a cidade onde aproveitamos para almoçar. Termidado o almoço seguimos para um lugar que se chama ¨Cachoelas¨.
Uma outra caminhada de 30 minutos, por um lugar rochoso, que termina numa sequencia de quedas d´água e cada com seu poço, onde se podía saltar da parte de cima da cahoeirinha por serem fundas. Um pequeno bloco saido da agua logo virou atrativo e começamos escalar, em caso de queda iriamos direto para agua.

Saimos das Cachoelas e voltamos para o povoado de Santiago de Chiquitos, ficamos vendo o carnaval de rua tradicinal da regiao.
No final da tarde caimos na estrada rumo  a Santa Cruz de La Sierra, no meio da estrada paramos para fotografar e tira-la do camino esta linda aranhazinha.

Chegamos em Santa Cruz no começo da madrugada.