Declaração do Tirol
A Declaração do Tirol
sobre a Melhor Prática em Esportes de Montanha, promulgada pela Conferência
sobre o Futuro dos Esportes de Montanha em Innsbruck, em 8 de setembro de 2002,
contém um conjunto de valores e máximas que proporcionam uma orientação sobre a
melhor prática em esportes de montanha. Não são regras ou instruções detalhadas
no lugar disso, elas:
1. Definem os valores fundamentais atuais nos esportes de
montanha;
2. Contêm princípios e padrões de conduta;
3. Formulam os critérios de ética para tomada de decisões em
situações incertas;
4. Apresentam princípios éticos pelos quais o público pode
julgar os esportes de montanha;
5. Introduzem a iniciantes os valores e princípios morais de
seu esporte.
É objetivo da Declaração do Tirol ajudar a concretizar o
potencial inato dos esportes de montanha para recreação e para crescimento
pessoal, e também para promoção de desenvolvimento social, compreensão cultural
e consciência ambiental. Para essa finalidade, a Declaração do Tirol se vale de
valores e códigos de conduta não escritos inerentes ao esporte e os expande
para satisfazer as demandas de nosso tempo. Os valores fundamentais em que a
Declaração do Tirol é baseada valem para todos os praticantes de esportes de
montanha de todo o mundo sejam eles caminhantes e andarilhos, escaladores
esportivos ou montanhistas buscando estender seus limites em grandes altitudes.
Mesmo que algumas das orientações de conduta sejam relevantes apenas para uma
pequena elite, muitas das propostas formuladas na Declaração do Tirol são
endereçadas à comunidade de esportes de montanha como um todo. Com essas
sugestões nós desejamos atingir nossos jovens, pois eles são o futuro dos
esportes de montanha.
A Declaração do Tirol é um apelo para que:
– Aceitem os riscos e assumam responsabilidade;
– Equilibrem seus objetivos com suas habilidades e equipamentos;
– Joguem por meios razoáveis e relatem honestamente;
– Esforcem-se pela melhor prática e nunca parem de aprender;
– Sejam tolerantes, respeitem e ajudem uns aos outros;
– Protejam o caráter selvagem e natural das montanhas e
paredes;
– Apoiem as comunidades locais e seu desenvolvimento
sustentável.
A Declaração do Tirol se baseia na seguinte hierarquia de
valores:
– Dignidade humana a premissa de que seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e direitos e de que devem tratar uns aos outros em
espírito de fraternidade. Atenção particular deve ser dada para equalizar os
direitos de homens e mulheres.
– Vida, liberdade e felicidade como direitos humanos
inalienáveis e com a responsabilidade especial nos esportes de montanha de
ajudar a proteger os direitos das comunidades em áreas montanhosas.
– Proteção da natureza como um compromisso para assegurar o
valor ecológico e as características naturais de montanhas e paredes em todo o
mundo. Isso inclui a proteção de espécies ameaçadas de flora e fauna, de seus
ecossistemas e da paisagem.
– Solidariedade com uma oportunidade de, por meio da
participação em esportes de montanha, promover trabalho em equipe, cooperação e
compreensão, e superar barreiras em função de sexo, idade, nacionalidade, nível
de habilidade, origem social ou étnica, religião ou crença.
– Realização pessoal como uma chance de, por meio da
participação em esportes de montanha, progredir significativamente em metas
importantes e lograr satisfação pessoal.
– Verdade como reconhecimento de que a honestidade em
esportes de montanha é essencial para a avaliação de feitos. Se a
arbitrariedade toma o lugar da verdade, torna-se impossível valorar a
performance na escalada.
– Excelência como uma oportunidade de, por meio da
participação em esportes de montanha, esforçar-se para atingir metas ainda
inalcançadas e para estabelecer padrões mais elevados.
– Aventura como reconhecimento de que, em esportes de
montanha, a administração do risco por meio de avaliação criteriosa,
habilidades e responsabilidade pessoal é um fator essencial. A diversidade de
esportes de montanha permite a qualquer um escolher sua própria aventura, na
qual habilidades e perigos estejam em equilíbrio.
As Máximas e as Diretrizes da Declaração do Tirol:
Artigo 1 Responsabilidade Individual
MÁXIMA
Montanhistas e escaladores praticam seus esportes em
situações nas quais há risco de acidentes e em que a ajuda externa pode não
estar disponível. Com isso em mente, eles se dedicam a essas atividades sob sua
própria responsabilidade, sendo de sua conta sua própria segurança. As ações de
um indivíduo não devem expor a perigo nem o próximo, nem o meio ambiente.
1. Nós escolhemos nossas metas de acordo com nossas reais
habilidades ou com as da equipe e de acordo com as condições na montanha.
Desistir da escalada deve ser uma opção válida.
2. Nós nos asseguramos de que temos o treinamento adequado
para nosso objetivo, de que planejamos nossa escalada ou caminhada
cuidadosamente, tendo providenciado as preparações necessárias.
3. Nós nos asseguramos de que estamos equipados
apropriadamente em cada excursão e que sabemos como usar o equipamento.
Artigo 2 Espírito de Equipe
MÁXIMA
Membros de uma equipe devem estar dispostos a fazer
concessões para equilibrar os interesses e habilidades de todo o grupo.
1. Cada membro da equipe deve estimar seus companheiros de
equipe e deve assumir responsabilidade pela segurança deles.
2. Nenhum membro de equipe deve ser deixado sozinho se isso
colocar em risco seu bem-estar.
Artigo 3 Comunidade de Escalada & Montanhismo
MÁXIMA
Nós devemos a todas as pessoas que encontramos nas montanhas
ou nas rochas uma porção igual de respeito. Mesmo em condições isoladas e em
situações estressantes, nós não devemos nos esquecer de tratar os outros da
maneira como queremos que nos tratem.
1. Nós fazemos tudo o que podemos para não expor os outros a
perigo e nós avisamos os outros sobre perigos em potencial.
2. Nós asseguramos que ninguém seja discriminado.
3. Como visitantes, nós respeitamos as regras locais.
4. Nós não atrapalhamos ou perturbamos os outros mais do que
o necessário. Nós damos passagem a grupos mais velozes. Nós não ocupamos vias
que outros estejam aguardando para fazer.
5. Nossos relatórios de escaladas refletem com veracidade os
eventos reais em detalhe.
Artigo 4 Visitando Países Estrangeiros
MÁXIMA
Como convidados em culturas estrangeiras, nós devemos sempre
nos comportar de forma educada e com comedimento em relação aos nativos nossos
anfitriões. Nós vamos respeitar montanhas sagradas e outros lugares sagrados,
ao mesmo tempo em que buscaremos beneficiar e ajudar a economia local e os
nativos. Compreensão de culturas estrangeiras é parte de uma experiência
completa de escalada.
1. Sempre trate as pessoas do país anfitrião com simpatia,
tolerância e respeito.
2. Cumpra estritamente qualquer regulamento de escalada
implementado pelo país anfitrião.
3. É aconselhável ler sobre a história, sociedade, estrutura
política, arte e religião do país a ser visitado antes de embarcar na viagem
para melhorar nosso entendimento sobre suas pessoas e seu ambiente. No caso de
incerteza política, busque conselho oficial.
4. É sábio desenvolver algumas habilidades básicas na língua
do país anfitrião: formas de saudação, por favor e obrigado, dias da semana,
hora, números etc. É sempre impressionante ver como esse investimento tão
pequeno melhora a qualidade da comunicação. Dessa forma, nós contribuímos para
o entendimento entre as culturas.
5. Nunca deixe passar uma oportunidade de compartilhar suas
habilidades de escalada com locais interessados. Expedições conjuntas com
escaladores nativos são o melhor cenário para troca de experiências.
6. Nós evitamos a todo custo ofender os sentimentos
religiosos de nossos anfitriões. Por exemplo, nós não devemos mostrar pele
descoberta em lugares em que isso seja inaceitável por razões religiosas ou
sociais. Se algumas expressões de outras religiões estão além de nossa
compreensão, nós somos tolerantes e evitamos julgar.
7. Nós damos toda assistência possível a habitantes locais
em necessidade. Um médico de expedição está sempre em posição de fazer uma
diferença decisiva na vida de uma pessoa extremamente doente.
8. Para beneficiar economicamente as comunidades de
montanha, nós compramos produtos regionais, se viável, e nos valemos dos serviços
locais.
9. Nós somos encorajados a assistir comunidades de montanha
iniciando e sustentando empreendimentos que favoreçam o desenvolvimento
sustentável, como por exemplo os serviços de treinamento e educação ou
iniciativas econômicas ecologicamente compatíveis.
Artigo 5 Responsabilidades de Guias de Montanha e outros
Líderes
MÁXIMA
Cada guia de montanha profissional, líder e membro de grupo
deve entender seu respectivo papel e respeitar as liberdades e direitos de
outros grupos e indivíduos. Para serem guias preparados, líderes e membros de
grupos devem entender as demandas, os perigos e os riscos do objetivo, ter as
habilidades necessárias, experiência e equipamento adequado, e checar o tempo e
outras condições.
1. O guia ou líder informa o cliente ou o grupo sobre o
risco inerente em uma escalada e sobre o nível real de perigo, e, se os
participantes têm experiência suficiente, envolve-os no processo de tomada de
decisão.
2. A via selecionada deve estar adequada à habilidade e à
experiência do cliente ou do grupo de maneira a assegurar que a experiência
seja agradável e enriquecedora.
3. Se necessário, o guia ou líder reconhece o limite de sua
própria habilidade e, quando apropriado, indica colegas mais capazes para os
clientes ou grupos. É responsabilidade dos clientes e dos membros de grupos
deixar claro se eles acreditam que um risco ou perigo é muito grande e se o
retorno ou opções alternativas devem ser seguidas.
4. Em circunstâncias como escaladas extremas e ascensões em
alta montanha, guias e líderes devem informar com cuidado seus clientes e
grupos para se certificarem de que todo mundo está totalmente alertado sobre os
limites de suporte que guias e líderes podem prover.
5. Guias locais informam a colegas visitantes sobre as
particularidades características de sua área e sobre as condições atuais.
Artigo 6 Emergências, Morbidez e Morte
MÁXIMA
Para estarem preparados para emergências e situações
envolvendo acidentes sérios e morte, todos os praticantes de esportes de
montanha devem entender claramente os riscos e perigos e a necessidade de se
ter habilidades, conhecimentos e equipamentos adequados. Todos os praticantes
precisam estar prontos para ajudar os outros no caso de uma emergência ou
acidente, e também estar preparados para encarar as consequências de uma
tragédia.
1. O socorro a alguém em apuros tem absoluta prioridade
sobre atingir objetivos que estipulamos para nós mesmos nas montanhas. Salvar
uma vida ou reduzir o dano à saúde de uma pessoa ferida é muito mais valoroso
do que a mais difícil de todas as conquistas.
2. Numa emergência, se ajuda externa não está disponível e
nós estamos em posição de ajudar, devemos estar preparados para dar todo o
suporte que podemos às pessoas em apuros, desde que seja viável sem nos expor
ao perigo.
3. Deve ser proporcionado a quem esteja seriamente ferido ou
moribundo todo conforto possível, bem como lhe deve ser oferecido suporte de
preservação de vida.
4. Em uma área remota, se não for possível recuperar o
corpo, deve ser registrada a localização da forma mais precisa possível, bem
como quaisquer indicações da identidade do morto.
5. Objetos como câmera, diário, notebook, fotos, cartas e
outros artefatos pessoais devem ser guardados e entregues aos familiares.
6. Sob nenhuma circunstância podem ser publicadas fotos do
morto sem o consentimento prévio da família.
Artigo 7 Acesso e Conservação
MÁXIMA
Nós acreditamos que a liberdade de acesso a montanhas e
paredes de maneira responsável é um direito fundamental. Nós devemos sempre
praticar nossas atividades de uma forma ambientalmente sensível e devemos ser
proativos na preservação da natureza. Nós respeitamos restrições a acesso e
regulamentos acordados entre escaladores e organizações de conservação de
natureza e autoridades.
1. Nós respeitamos as medidas de preservação de ambientes de
parede e montanha e da vida selvagem que eles sustentam, e nós encorajamos
nossos companheiros escaladores a fazer o mesmo. Evitando fazer barulho, nós
nos esforçamos na redução da perturbação da vida selvagem ao mínimo.
2. Se possível, nós nos locomovemos para nossos destinos
usando transporte público ou outros transportes coletivos para minimizar o
tráfico nas estradas.
3. Para evitar erosão e não perturbar a vida selvagem, nós
permanecemos nas trilhas durante aproximações e descidas e, quando fora da
trilha, escolhemos a rota menos agressiva ao ambiente.
4. Durante os períodos de acasalamento e nidificação de
espécies que habitam as montanhas, nós respeitamos restrições sazonais de
acesso. Logo que tomamos ciência de qualquer atividade de acasalamento, nós
devemos passar adiante essa informação para outros escaladores e assegurar que
eles fiquem fora da área de nidificação.
5. Durante conquistas, nós tomamos o cuidado de não ameaçar
o biótopo de espécies raras de plantas e animais. Ao equipar ou reequipar vias,
nós devemos tomar todas as precauções para minimizar seu impacto ambiental.
6. As consequências da popularização de áreas através de retro
grampeação devem ser cuidadosamente consideradas. O aumento de números pode
causar problemas de acesso.
7. Nós minimizamos o dano à rocha por meio da utilização da
técnica de proteção menos prejudicial.
8. Nós não apenas carregamos nosso próprio lixo de volta
para a civilização, como também pegamos qualquer detrito deixado por outros.
9. Na ausência de instalações sanitárias, nós mantemos uma
distância adequada de casas, locais de acampamento, córregos, rios e lagos
durante a defecação e tomamos todas as medidas necessárias para evitar danos ao
ecossistema. Nós procuramos não agredir o senso estético das pessoas. Em áreas
muito frequentadas com um baixo nível de atividade biológica, os escaladores
têm o encargo de carregar de volta suas fezes.
10. Nós mantemos o local de acampamento limpo, evitando
gerar lixo tanto quanto possível ou dispondo dele adequadamente. Todos os
materiais de escalada cordas fixas, barracas e garrafas de oxigênio devem ser
removidos da montanha.
11. Nós mantemos o consumo de energia no mínimo.
Especialmente em países com falta de lenha, nós evitamos ações que possam
contribuir para a destruição das florestas. Em países com florestas ameaçadas,
nós precisamos levar combustível suficiente para preparar comida para todos os
participantes da expedição.
12. Turismo de helicóptero deve ser minimizado onde for
prejudicial à natureza ou à cultura.
13. Em conflitos sobre matérias de acesso, proprietários de
terra, autoridades e associações devem negociar soluções satisfatórias para
todas as partes.
14. Nós temos papel ativo na implementação de regulamentos,
especialmente dando publicidade a eles e implementando a infraestrutura
necessária.
15. Ao lado de associações de montanhismo e outros grupos de
conservação, nós somos proativos a nível político no que diz respeito à
proteção de habitats naturais e do ambiente.
Artigo 8 Estilo
MÁXIMA
A qualidade da experiência e a forma como resolvemos o
problema é mais importante do que se o resolvemos. Nós nos esforçamos por não
deixar rastros.
1. Nós almejamos preservar o caráter original de todas as
escaladas, em especial aquelas com importância histórica. Isso significa que os
escaladores não devem aumentar a quantidade de proteções fixas em vias
existentes. A exceção é quando há um consenso local incluindo a aprovação dos
conquistadores para mudar o nível de proteções fixas por meio da colocação de
novas peças ou da remoção de proteções existentes.
2. Nós respeitamos a diversidade de tradições regionais e
não tentaremos impor nosso ponto de vista a outras culturas de escalada nem
aceitaremos os valores de outros impostos sobre os nossos.
3. Rochas e montanhas são um recurso limitado para aventura
que deve ser compartilhado por escaladores com os mais diversos interesses e
por muitas gerações que virão. Nós entendemos que gerações futuras precisarão
encontrar suas próprias NOVAS aventuras dentro desse limitado recurso. Nós
tentamos desenvolver paredes ou montanhas de uma forma que não roube a
oportunidade do futuro.
4. Em uma região em que grampos são aceitos, é desejável que
sejam mantidas vias, seções de morros ou morros inteiros livres de grampos de
maneira a preservar um refúgio para aventura e para mostrar respeito pelos
diversos interesses de escalada.
5. Vias com proteções naturais podem ser tão divertidas e
seguras para escaladores recreativos quanto vias grampeadas. A maior parte dos
escaladores pode aprender a colocar proteção natural segura e todos devem ser
educados para o fato de que isso proporciona aventura adicional e uma
experiência rica e natural, com segurança comparável, uma vez aprendidas as
técnicas.
6. Em caso de grupos com interesses conflitantes, os
escaladores devem resolver suas diferenças através de diálogo e negociação para
evitar que o acesso seja ameaçado.
7. Pressões comerciais nunca devem influenciar a ética de
escalada de uma pessoa ou de uma região.
8. Bom estilo em alta montanha implica no não uso de corda
fixas, drogas de aumento de performance ou oxigênio engarrafado.
Artigo 9 Conquistas
MÁXIMA
A conquista de uma via ou de uma montanha é um ato de
criação. Ela deve ser feita em bom estilo de acordo com as tradições da região
e devem mostrar responsabilidade com a comunidade de escalada local e com as
necessidades dos escaladores futuros.
1. Conquistas devem ser ambientalmente responsáveis e
compatíveis com regulamentos locais, com as vontades dos proprietários dos
terrenos e com os valores espirituais da população local.
2. Nós não vamos desfigurar a rocha por meio da quebra ou da
adição de agarras.
3. Em regiões alpinas, as conquistas devem ser feitas
exclusivamente guiando (sem peça pré-fixada acima).
4. Uma vez respeitadas as tradições locais, cabe ao
conquistador determinar o nível de proteções fixas em suas vias (levando em
consideração as sugestões do artigo 8).
5. Em áreas designadas como reservas selvagens ou naturais
por administradores ou pelo comitê de acesso local, grampos devem ser limitados
ao mínimo absoluto para preservação do acesso.
6. Cavar buracos e bater grampos durante a conquista de vias
em artificial deve ser mantido em um mínimo (grampos devem ser evitados mesmo
em ancoragens de paradas, a menos que sejam absolutamente necessários).
7. Vias de aventura devem ser deixadas tão naturais quanto
possível, contando com proteção móvel sempre que viável e utilizando grampos
apenas quando necessário e sempre se sujeitando às tradições locais.
8. O caráter independente das vias adjacentes não deve ser
comprometido.
9. No relatório de conquistas, é importante relatar os
detalhes com a maior precisão possível. A honestidade e a integridade de um
escalador serão presumidas a menos que haja evidência comprometedora.
10. Altas montanhas são um recurso limitado. Nós encorajamos
os escaladores a utilizarem o melhor estilo.
Artigo 10 Patrocínio, Propaganda e Relações Públicas
MÁXIMA
A cooperação entre patrocinadores e atletas deve ser uma
relação profissional que sirva aos melhores interesses dos esportes de
montanha. É responsabilidade da comunidade de esportes de montanha, em todos os
seus aspectos, educar e informar tanto a mídia como o público de uma maneira
proativa.
1. Compreensão mútua entre o patrocinador e o atleta é
necessária para a definição de objetivos em comum. As muitas facetas dos
esportes de montanha requerem a identificação clara da especialização tanto do
atleta quanto do patrocinador para maximizar as oportunidades.
2. Para manter e melhorar seus níveis de performance,
escaladores são dependentes de um contínuo suporte de seus patrocinadores. Por
esta razão, é importante que os patrocinadores mantenham a cobertura de seus
parceiros mesmo após uma série de falhas. Sob nenhuma circunstância pode o
patrocinador pressionar o escalador a obter resultados.
3. Para estabelecer uma presença permanente em toda as
mídias, canais claros de comunicação devem ser organizados e mantidos.
4. Escaladores devem se esforçar em relatar suas atividades
realisticamente. Um relatório preciso melhora não apenas a credibilidade do
escalador, mas também a reputação pública de seu esporte.
5. O atleta é responsável em última instância por
representar ao patrocinador e à mídia a ética, o estilo e a responsabilidade ambiental
estatuída na Declaração do Tirol.
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