Mais de 150 Km pela Cordilheira de Vilcabamba nos Andes Peruano

Em 2000, sai de São Paulo com destino a um pequeno povoado nas encostas das montanhas peruanas.
Estávamos indo para Machu Picchu, eu e mais quatro estrangeiros que conheci no caminho, resolvemos tentar um caminho alternativo, para evitar ter que pagar e ter que contratar um guia para entrar na trilha Inca, então junto entramos nesta empreitada.
Até então esta travessia não era conhecida, e não tinha ninguém fazendo este caminho, apenas poucos indígenas que habitavam as montanhas.

Com uma carta topográfica cedida pelo exército peruano de Puno e um GPS do tamanho de um tijolo, tínhamos o que precisávamos.
Foram 6 dias de travessia, a mais pesada que já fiz até hoje, com muita carga nas costas e maravilhosas paisagens, sempre acima de 2700 m.
No segundo dia passamos pela montanha Salkantay com mais de 6211m de altitude, pegamos temperaturas de –10º C a quase 5000 m, os outros dias foram de subida e decidas sem fim.
Na vegetação fechada pegamos + 30ºC com muito mosquito, andamos por montanhas e vales por neve e por floresta Amazônica peruana, lugares que nunca imaginei ver.

Esta viagem foi muito especial para mim, por eu ser uma das primeiras pessoas, não locais, a ter conhecido aquele lugar indescritível.


2º dia de travessia chegando a base do Salkantay

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